sábado, 31 de março de 2012

Passos Seguros...

  ... no trilho correcto da santíssima troik trindade...

... conduzirão o crente, com firmeza, ...


... às P portas abertas da bem-aventurança.

cidadão josé

sexta-feira, 30 de março de 2012

Um punhado de filhos da p***

A reacção alucinada das forças policiais no Chiado foi notícia e não pode deixar de ser. É uma notícia que tem de ficar a pairar, não pode, simplesmente, ser atirada para trás dos resultados dos jogos de futebol e da crise do euro e mais do desemprego.
Clicando aqui vais encontrar um vídeo que mostra algumas cenas deste episódio nojento.
Não sei o que é mais lamentável, se a actuação prepotente de um punhado de animais que dizem viver para proteger a população (então deviam bater uns nos outros), se a indignação generalizada pelas agressões a jornalistas. E os cidadãos exemplares que levaram bastonadas por dá-cá-aquela-palha? Não merecem um pedido de desculpas mais uma indemnização? Eu sei lá!
A democracia portuguesa nunca foi lá grande coisa mas, em dias como este, mostra ter um focinho horrendo. É o que é.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Maravilhas da natureza

"Entrou um criado e anunciou a chegada do chefe da repartição da fazenda, um velho de olhar doce com os lábios enrugados que amava extraordinariamente a natureza, em especial no Verão, quando, segundo as suas palavras, «cada abelhinha leva de cada florzinha a sua extorsãozinha...» Arkádi retirou-se."

Excerto da página 71 de "Pais e filhos", romance de Ivan Turguéniev, editado pela Relógio D'Água na Colecção Clássicos.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Umas sim outras não, n' a parede

A 3ª exposição n' a parede é uma mostra de fotografias digitais do projeto global photossíntese, dos alunos do 12º ano de artes, da ES Anselmo de Andrade, realizadas em 2011/12, na disciplina de Oficina Multimédia.

As fotografias expostas pertencem a um conjunto temático organizado em suporte digital, que inclui uma banda sonora. Cada aluno desenvolveu o seu projeto individual, do qual se imprimiram três fotos, representativas do referido projeto. Este resulta da experimentação técnica dos artefactos que captam imagens e da liberdade do deambular pelo espaço, registando o que despertou um olhar mais atento.

Bruno Borges

Inês Laureano

As imagens que se publicam agora, fazem parte desses projetos de maior dimensão. Umas foram passadas a papel outras residem nas memórias dos computadores.

Érica Silva

Joana  Fernandes

João Silva


segunda-feira, 19 de março de 2012

cidadão exemplar convida

3ª exposição n’ a parede 

 

amanhã, terça-feira, 20 de Março, de novo n' a parede do café-bar do Fórum Romeu Correia, em Almada, com esmerado serviço de bufete, vai estar patente mais uma grandiosa exposição promovida por este nosso e todo vosso Cidadão Exemplar.

trata-se agora da apresentação, em estreia mundial, dos imperdíveis trabalhos photográphicos, a cores e a preto & branco, dos esforçados alunos de artes da mui excelsa Escola Secundária Anselmo de Andrade. 

mais uma vez fica o convite que apela ao nobre cidadão que há em cada um de vós.

... e não se esqueçam de provar as inigualáveis torradas do Ivo

sexta-feira, 16 de março de 2012

um gajo que se atravessa...

... no caminho da democracia

cidadão josé

terça-feira, 13 de março de 2012

cidadã indignada...


... não pode ficar calada!
(em jeitos de homenagem, digamos, tardia,  ao dia internacional da mulher)

cidadão josé

sábado, 10 de março de 2012

A livre iniciativa dos mortos



sonhos húmidos, da série: i/e, caminhos na aldeia


entrevistas na sala de estar (1)


O político determinado e mal compreendido concedeu uma entrevista ao repórter voluntarioso à procura de currículo. Na sala de estar, a conversa arrancou com o "click" de um minúsculo gravador.

"Senhor Primeiro Ministro, em fevereiro houve um aumento de mortes anormal, de acordo com as estatísticas morreram mais 500 pessoas por semana..."
"Ainda bem que coloca essa questão! Quero manifestar as minhas sentidas condolências às famílias dos defuntos e dizer-lhes que lamento profundamente a sua dor."
"Pois, mas as causas desse aumento parecem ser as medidas de austeridade..."
"Os estudos não são conclusivos, nem têm caráter científico. Lamentamos o sucedido e vamos encontrar as verdadeiras causas desse fenómeno anormal. O ministério da saúde tem já uma comissão de jovens técnicos a averiguar o caso."
"Sim, mas constata-se que as pessoas de menos recursos e mais frágeis, nomeadamente os idosos, se vão alimentando com menos qualidade, têm deixado de comprar os medicamento necessários, não conseguem pagar as taxas moderadoras dos hospitais e centros de saúde e não têm como suportar os custos do aquecimento das habitações. Tudo isto terá contribuido para que a sua saúde se..."
"Tenho tentado fazer-lhe perceber que o governo não tem responsabilidade nos óbitos em causa."
"Mas é lógico pensar que a austeridade retirou qualidade de vida e capacidade de resistência à doença, por parte dum número considerável de pessoas!"
"Se vamos por aí, também poderemos especular que uma vida mais simples e draconiana enrija o corpo e desenvolve a capacidade de resistir às adversidades. É um facto que os portugueses têm vivido acima das suas possibilidades, agora terão de se adaptar à nova situação!"
"Não lhe parece uma afirmação pouco sensível às dificuldades dos cidadãos? A defesa duma eutanásia por via económica?"
"Nunca! Por um lado a dívida pública tem de ser paga, é um desígnio nacional, indiscutível! Por outro, o meu partido é a favor da vida, lutámos contra a legalização do aborto e somos contra todas as práticas que atentem contra as mortes não naturais. Por fim, é certo que as pessoas têm de morrer um dia, porque não em fevereiro?"
"Então não encontra uma relação direta entre as mortes em causa e o rápido empobrecimento da população?"
"A sua insistência é reveladora da mentalidade piegas e choramingona que paralisa a aplicação das medidas úteis e eficazes. Sejamos claros! Essa população envelhecida, que riqueza traz ao país? Sabe quanto custa o luxo de manter gente viva nas aldeias? Praticamente não têm vida económica, pagam impostos mínimos, se cultivam é para a subsistência e quase nem limpam o mato. Mas têm eletricidade, televisão, estradas e autoestradas perto, juntas de freguesia e quando estão doentes é a ambulância, o hospital... Só têm alguma atividade em agosto! É um tremendo esforço para o erário público. As aldeias de população envelhecida podiam-se despovoar. Os habitantes passavam a habitar em lares nas cidades, dinamizando a economia. Voltariam todos os anos à terra para as festas dos emigrantes que, agora, seriam organizadas pelas empresas de eventos, com muito mais qualidade e mais modernas. Com isso, ganhariam mais conforto e um mês de férias em ambiente rural, que hoje não têm!"
"Mas isso não seria condenar toda essa gente a uma morte rápida? Sabe-se que o afastamento súbito dos seus locais de referência leva à depressão e ao aumento de falecimentos. As pessoas têm direito a manter-se nos espaços próprios onde sempre têm vivido. Por isso é que os emigrantes regressam!"
"Essa questão é despropositada! Os direitos adquiridos já não existem. As pessoas têm de se adaptar à nova realidade, que é aquela que nós afirmamos que é. Não há alternativa! Se repararmos nas cidades, os idosos vivem sós nas suas casas. Não seria preferível juntarem-se com outros e constituírem uma espécie de nova família? Partilhavam despesas, comida, água e luz, viam televisão juntos, passeavam em grupo e, se fossem inteligentes, agrupavam-se com aqueles que tivessem as mesmas doenças, partilhando medicamentos, consultas médicas e, com boa gestão, até os funerais... Rentabilizavam as pensões, libertavam casas decrépitas e de rendas baixas para a indústria imobiliária, poupavam tempo de trabalho aos familiares. Tornavam-se verdadeiramente úteis, integrando-se ativamente num projeto de modernização nacional. E repare que não temos verdadeiro interesse no desaparecimento desses eleitores, o que se pouparia nas suas pensões mal daria para pagar o salário de meia dúzia de gestores públicos."

Com isto o político determinado e mal compreendido terminou a entrevista, começando a rabiscar o esboço de uma nova lei para o esforço dos defuntos.

Luís, cidadão

quinta-feira, 8 de março de 2012

Visto daqui



O que se passa com os deputados portugueses quando se trata de legislar sobre as questões da chamada “transparência” no exercício de cargos públicos e das suas relações com carreiras políticas? Porque não conseguem eles chegar a um consenso que sossegue o povinho e restitua à classe que representam alguma dignidade, mesmo que não seja muita? 

Sempre que a questão é levantada no parlamento há deputados que coram e se esganiçam em declarações inflamadas sobre receber ou não receber lições de honestidade e bons princípios vindas dos deputados que se sentam do outro lado do hemiciclo. 

Discutem, engasgam-se, quase se insultam, suam um bocadinho e, pronto, adia-se qualquer coisa que se pareça com uma decisão. Andam para ali, transportando “pacotes legislativos” de um lado para o outro, como moços de recados a mando não se percebe de quem. Ninguém recebe lições de ninguém e o regabofe continua. 

Eles são ex-ministros que se deslocam da sua cadeira no governo para outra cadeira, mais acolchoada, numa qualquer empresa pública ou público-privada, ex-deputados que fazem o mesmo (mas nunca o contrário), 
deixando o pessoal à beira de um ataque de nervos porque tudo nos parece demasiado opaco, demasiado desonesto, em suma, porque estas danças macabras têm todo o aspecto de ser valentes vigarices que se dançam impunemente e à vista de toda a gente. Os deputados discutem, discutem, discutem e, visto daqui, fica-se com a impressão de que fazem tudo o que for necessário para que nada se altere de facto e tudo fique exactamente na mesma. Uma choldra! 

É, talvez, por situações como esta que a curiosidade sobre o processo judicial que envolve o ex-primeiro-ministro islandês é tão grande. Os simples cidadãos, eleitores desarmados, anseiam por um “pacote” legal que imponha limites éticos perceptíveis aos negócios que os governantes fazem durante e, principalmente, após o exercício dos mandatos que recebem quando são eleitos. 

Bem pode Francisco Assis insurgir-se contra a perigosidade deste processo (Público de 8 de Março) que poderá colocar em causa os fundamentos da democracia pluralista e do estado de direito. Pessoalmente até concordo com ele: é perigoso. Mas, por outro lado, parece-me necessário que haja alguma forma de chamar os agentes políticos à realidade, obrigando-os a cumprir as suas funções honestamente, nem que seja à bofetada. 

Chegámos a um ponto em que a situação parece exigir medidas drásticas; e se os deputados nunca chegarem a um consenso e continuarem, indefinidamente, a transportar “pacotes” de um lado para o outro?

O processo islandês e o eterno transporte de “pacotes de transparência” que os deputados portugueses continuam a fazer para lado nenhum podem parecer coisas diferentes mas, vistos daqui, começam a parecer contas do mesmo rosário.

RSXXI

domingo, 4 de março de 2012

homenagem sentida

altar dionisíaco, da série: i/e, caminhos na aldeia


(podia estar n'a parede, mas não está)


Esta imagem é uma homenagem do cidadão exemplar ao nosso exemplar ministro das finanças, Vítor Gaspar.
Só uma pessoa completamente alucinada por uma prática constante de licor bem carregado de álcool, consegue afirmar que Portugal está no bom caminho, no exato momento em que se sabe que os níveis de desemprego  e de recessão são superiores ao que o próprio governo previa. Níveis esses que eram já bastante negativos e que permitiam claramente perceber que a vida dos portugueses se iria arruinar.

Vítor Gaspar, agora percebemos o esgar constante de quem está com dores no abdómen! Será do fígado? Será do estômago?

Serve-te à vontade e carrega-lhe, que alivia a dor e permite entrar-se naquele mundo cor de rosa e ao contrário.
Se encontrares a Alice, deixa-te ficar, pode ser que te consigas aconselhar com o coelho atarefado (o outro)!


Luís, cidadão

sábado, 3 de março de 2012

quanto vale um cidadão?



cidadão empenhado... entrega tudo ao Estado

cidadão José


sexta-feira, 2 de março de 2012

greve de silêncio

Esta tribuna esteve vários dias sem se pronunciar, porque decidiu consciente e veementemente  manifestar o seu repúdio pela  atitude de várias universidades portuguesas de doutorar honoris causa um célebre economista, que nos recusamos a pronunciar o nome e a foto.
A brilhante personagem foi entrevistada e forneceu uma resposta brilhante sobre a economia portuguesa, tão brilhante como ele: Os salários dos portugueses têm de desvalorizar 20% para a economia do país se torne competitiva.

Face a tão profundo e acertado conselho, digno dum génio, ficámos siderados com a solução, tão simples, que nos deveremos envergonhar por nunca ter cogitado tal coisa! Como se não fosse esse o caminho dos governos de há vários anos: tornar o país completamente miserável!

Um indivíduo vem a Portugal com tudo principescamente pago, e fala doutoralmente honoris causa do que não conhece.

Percebemos, vamos percebendo todos os dias, quais são os mestres dos governantes e as figuras de referência das universidades.
Levianamente gerem os destinos dos povos, como se se de um jogo virtual se tratasse.

Como diria Karl Valentin: "E não se pode exterminá-los?"